Estou com saudades de viajar. Estou com saudades de decidir ir para um lugar e pegar nas coisas e partir sem olhar para trás. Há já muito tempo que não o faço e começo a acusar este vício das viagens. Ainda não tive oportunidade de viajar com a Paula. Tudo aconteceu muito rapidamente, o que acrescenta imensa graça à nossa relação. Agora está tudo mais difícil mas em breve quero alterar esta situação. Apetece-me viajar com a Paula, ver como nos portamos no estranjeiro sem horas marcadas e sem rotina associada. Está para breve? Vamos ver.

Ontem Portugal ganhou 3-0 ao cazaquistão. Foi um jogo de futebol interessante. Ao mesmo tempo do jogo, os meus filhos gatinhavam e descobriam todos os detalhes de tudo o que os rodeava. Durante a manhã de hoje, acordei com um engasgar aflitivo do Afonso. tinha acabado de descobrir o papel de alumínio (deve ser fascinante descobrir este material) e para além de ter destruído metade do rolo, já tinha começado o processo de ingestão de um bocado deste papel. Consegui abrir-lhe a boca e retirar-lhe de lá de dentro. Não foi uma manhã tranquila.

Fiquei siderado com as notícias da Câmara de Lisboa. Hoje quebrou-se o pacto entre o PSD e o PP por causa de uma querela relacionada com a nomeação de um presidente para uma comissão que irá desenvolver o projecto habitacional da baixa. Bom augúrio para aquela zona tão bonita de Lisboa que teima em ser abandonada por todos (menos pelos comerciantes). Acho incrível que ninguém valorize uma das zonas mais bonitas de portugal.

Como pensamento positivo para hoje deixo as viagens. Viajar é bom e alimenta o espírito. Abre-nos a cabeça e faz-nos pensar em coisas realmente importantes para a nossa vida. Viajar é o supremo acto da futilidade. Sempre defendio a futilidade como uma boa característica do ser humano. Só é fútil quem pode e pouca gente se pode dar a esse grande luxo tão característico das sociedades de consumo. É uma das boas coisas que podemos praticar. se está certo ou não, isso é o que menos interessa.