sexta-feira, maio 18, 2007


As sextas feiras são um dia tramado. É aquele dia em que acordamos muito bem dispostos quando as coisas estão a correr normalmente e muito mal dispostos quando as coisas não estãoa correr bem, pois falta-nos o tempo e subitamente já é sexta feira! É um dia também muito propício a fechar todos os assuntos pendentes durante a toda a semana e limpar a secretária para iniciarmos a semana seguinte em força. Hoje esta sexta-feira não me está a correr bem. devia ter acabado uns textos para a Nestlé, mas estou sem imaginação absolutamente nenhuma apesar das maquetes estarem prontas e só faltar mesmo os conteúdos. estão todos na minha cabeça, mas não estou a conseguir encontrar uma solução lógica para expô-los no papel. Enfim, espero que ainda encontre um fio condutor.

Aproveito estes tempos mortos e frustrantes para me debruçar sobre outros assuntos aqui neste meio. Desta vez reflicto sobre a importância deste espaço, deste espaço aqui, deste blog. Qual é a utilidade de tudo isto? Para que é que gastamos horas e horas a expôr a nossa vida privada a quem quer que seja e qual a utilidade de tudo isto? No meu caso não existe um fio condutor temático do próprio blog. É apenas um repositório de recordações para que mais tarde daqui a muitos anos possa encontrar uma utilidade nisto. Talvez o faça para instituir uma espécie de herança para os meus filhos sobre o tempo que corre, sobre o tempo que eles nunca se irão lembrar e que talvez possam encontrar alguma utilidade nestas linhas. Para nós, os pais são pais, não são pessoas. Não têm uma vida própria e as suas decisões estão sempre correctas. Só há poucos anos é que comecei a conseguir discernir desta diferença entre o estatuto de pai ou mãe e de pessoa. A mesma coisa acontecerá aos meus filhos que durante toda o seu processo de crescimento não lhes será possível observarem os nossos hábitos como hábitos de pessoas normais, de pessoas apenas. Seremos sempre os pais e nada mais do que isso. Estas linhas talvez possam revelar uma outra faceta mais humana aos meus filhos.

Mas não retiro apenas essa utilidade deste meio. Pratico também a minha fluência escrita e uma rotina de conseguir expôr pensamentos, opiniões, divagações.

Apesar de parecer uma escrita verdadeira, na verdade não o é. É próxima da verdadeira, pois existe sempre a preocupação de alguém estar a espreitar, de alguém passar a considerar a minha pessoa através desta linhas, por isso há sempre algum cuidado para que as coisas sejam no mínimo coerentes e com alguma saúde. Apesar de tudo torna-se divertido este exercício quase diário. Obriga-me a pensar as coisas e muitas vezes dou por mim a prestar atenção a determinados detalhes que vão acontecendo á minha volta, para lhes poder extrair algum sumo e assim ter algum assunto para escrever, para pensá-lo e acima de tudo passar agarrado a estas teclas algum "quality time".

Este post é mesmo o reflexo desse lento passar do tempo em que não há nada para fazer ou as coisas estão-nos a sair mal. É também agradável ver o nosso blog a crescer com mais posts. Essa é uma boa sensação.

Mais um pensamento positivo para hoje. Antes disso, estes pensamentos positivos cumprem uma função. função de dar referenciais sobre as coisas que consumimos nestes tempos, sobre as coisas que de alguma forma nos são relevantes. Vai ser interessante daqui a alguns anos verficar essa palete de gostos aqui expressa e mais interessante ainda, por exemplo, para os meus filhos quando se apreceberem que afinal o seu pai também era uma pessoa com gostos e teimas.

Vamos então a mais um pensamento positivo. Gostaria de me debruçar sobre o cinema, mas a verdade é que não tenho consumido nada ao longo deste ano e meio. Ando a perder óptimos filmes e não tenho conseguido acompanhar as últimas tendências por que não tenho tempo de sobre. O outro pensamento positivo de hoje foi de música, por isso hoje vou-me debruçar sobre uma pintura fantástico do Salvador Dali. Trata-se da crucificação de cristo visto de um outro ângulo que não aquele que associamos a este momento crucial da nossa história. Quando vi esta pintura pela primeira vez fiquei verdadeiramente impressionado. Não sou um grande admirador de Dali. As suas pinturas são muito elaboradas, pouco orgânicas e muito mentalistas. Não me são agradáveis os seus quadros, mas este é de facto extraordinário. Dá pelo nome de Cristo de S.João da Cruz e é verdadeiramente excepcional a perspectiva que ele usa da crucificação. Impressionante...

4 comentários:

Anónimo disse...

?

main mense disse...

muito trabalho, pouca imaginação... Tenho que retomar aqui o exercício.Obrigado pelo incentivo. O vosso blog continua excepcional!

Anónimo disse...

e o teu quando continua?

main mense disse...

Vou repensá-lo... Vai continuar em breve..´. Menos lamechas, mais prático e funcional. Estou a começar uma nova empresa de branding e marketing interno. Terá de variar entre vida real e profissional, desmontando práticas de marketing e comunicação e voltando-se para as pessoas.
Obrigado pelo incentivo. Em breve voltará (outubro, espero eu)
Abraços