terça-feira, novembro 21, 2006


Gostava de ter a capacidade de me transformar em letras, em palavras, em frases, em parágrafos, em livro. Gostava de conseguir transportar-me para um documento escrito com cabeça, tronco e membros e chegar ao fim e dizer: O que é que se passou? Por momentos fiquei tão absorvido nas palavras que tudo o resto foi uma miragem... Gostava de gnhar a vida a escrever é verdade, mas até ao momento não consigo.

Tudo o que escrevo parece-me piroso, curto e cheio de clichés. Não consigo desenhar um argumento realmente interessante e pô-lo no papel, num esquema, num fluxograma passível de ser tranformado num argumento.

Falta-me disciplina, pática, tentativa... Estou a tentar exorcisar todos essas falhas através destes post, para me obrigar a praticar diariamente.

Tenho alguma prática de escrita para peças publicitárias. Ninguém me ensinou. Apareceu como uma necessidade de poupar no copy e algumas peças publicitárias que realizava para campanhas minhas. Lentamente lá fui ganhando alguma prática e agora tenho autonomia para escrever. E os clientes gostam. Mas não me trasnporto totalmente. São textos tirados a ferro, com muito custo e sempre nos últimos minutos. São exercícios de dor e que o resultado é satisfatório mas nunca bom... Eu não estou nesses textos.

O Afonso e a Carolina estão a atravessar uma fase tramada. estão com cíumes um do outro e cheios de manhas. A Carolina principalmente. Choram por tudo e por nada. Não tem sido muito fácil. Agora têm quase 11 meses. Estão como sempre encntadores. Gosto muito das manhãs com eles. Normalmente a Paula levanta-se primeiro e vai buscar o Afonso. Eu ainda fico na cama. Depois prepara-lhe o biberon e começa a dar-lhe. Logo a seguir acordo eu com os gemidos da Carolina. É a minha vez de sair da cama, pegar na Carolina, que não dispensa o seu coelhinho e apresentar-lhe o dia com vista da sala. Vou preparar-lhe o biberon e dou-lhe na sala. Após o biberon ficam muito bem dispostos. Agora começam a guerrear entre eles... Brinquedos, chuchas e atenção dos pais. Não tem sido muito fácil.

Como pensamento positivo para hoje deixo o Tom Waits. Editou mais um disco de coisas antigas e para mim, juntamente com o Lou Reed, são as personagens mais estilosas do nosso tempo.

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